Nepotismo: algumas considerações

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A condenação de nove vereadores maringaenses por nepotismo sugere algumas reflexões... Cá com meus botões, sempre me pego em conflito com a abordagem do tema. Deixa eu explicar: não vejo problema numa nomeação como a do secretário de Educação do Paraná, Maurício Requião, pelo irmão e governador Roberto Requião. Embora não concorde com todas as ações empreendidas pelo secretário Maurício Requião, vejo nele um cara competente para o cargo. Entretanto, já acho um exagero o governador nomear outro irmão para ocupar, no caso, a superintendência do Porto de Paranaguá.

O problema com o nepotismo está exatamente na questão da competência. Acontece que, sob a justificativa de ser competente, tem um monte de político que faz a nomeação da mulher, do filho, do irmão, do pai, da sogra, do cunhado, do sobrinho... e por aí vai. É uma loucura. Tem situações em que você olha e não entende de onde saiu tanta gente "competente".

Por conta disso, como acaba faltando bom-senso na política brasileira, é melhor mesmo pôr fim na contratação de parentes. Entretanto, é preciso ir mais longe: acabar, inclusive, com o chamado nepotismo cruzado - aquele em que o político não nomeia os parentes dele, mas faz o favor para um colega e vice-versa.

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