Miura fala sobre combate à dengue

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A reflexão abaixo foi enviada pelo ex-diretor de Trânsito de Maringá, Luís Riogi Miura:

Também sou favorável a campanhas. De toda sorte: sejam elas educativas, de esclarecimentos, preventivas, etc.

Mas, ao Administrador Público, cabe usar dos recursos que dispõe e que lhe são disponibilizados. As estatísticas, a história da cidade, a evolução cultural, o crescimento populacional, os recursos, as alterações legais, são informações que os organismos públicos dispõem para adotar a política e ações corretas a curto, médio e longo prazo. Levando isso para o trânsito, uma campanha, dessas que envolvem (c/ custos) a mídia falada, impressa e televisual, que fica no ar por uns 15 dias, não ficará para os cofres públicos menos do que meio milhão de reais (R$ 500.000,00). Qualquer coisa para mais ou menos do que esse valor é menor. Muito bem, no caso de Maringá, a folha de pagamento (salários dos agentes) custa aos cofres do Município cerca de R$ 20.000,00, por mês, o que soma R$ 264.000,00 por ano. O valor despendido para a campanha poderia “bancar” mais 30 agentes por 2 anos. Com isso, entretanto, não quero entrar no mérito de uma discussão entre o que é mais importante: punir ou educar. E sim tomar a decisão correta para evitar catástrofes, epidemias e ações de eficácia para o que se considera mais importante para a cidade. Beleza, fluidez, segurança, civilidade e compromissos de campanha, estão entre os fatores que podem pesar na decisão de em que gastar. A demagógica postura de que agentes fiscalizadores devem exercer primordialmente a função de educar tem sido prejudicial, reforçando os argumentos dos que tem interesse em continuar com sua conduta de infratores, contumazes ou involuntários.

Para se pensar: oito agentes para fiscalizar, entre 7h até as 19h, uma cidade do porte de Maringá, é suficiente? Meio milhão por uma campanha “educativa” compensa essa deficiência?

Sem contar que a Secretaria pertinente que deveria estar falando e assumindo o papel de educar é quase que totalmente omissa.

1 comentários:

Gelinton Batista disse...

Por que será que as coias boas acabam rápido?

Muiura, vc faz falta em Maringá.

Sucesso, seja onde estiver.